Assisto o passar da paisagem
Que lá fora parece me vigiar
Ao mesmo tempo em que dorme
Num verde de aparência humilde
Solenemente imóvel
Aos pés de um cinza e azul
Das serras e montes soberbos
Que avançam imponentes aos céus
Emoldurando a mutável aquarela
De nuvens faceiras e sutis
Que tomam de seqüestro meu olhar
E se fazem plano de fundo
Das quimeras que em mim habitam
As entranhas da vegetação que ladeiam meu passar
Se mostram misteriosas e melancólicas
Às vezes com grandes feridas abertas
Onde árvores tristes, tímidas e magras
Lentamente tentam se reerguer
Atrás do vidro das janelas
A melodia fúnebre do motor
Me acompanha na longa jornada
Mais ainda quando são dias solitários
Mas quando a aglomeração me distrai
Nesses dias tudo é esquecido
O som não é ouvido e a paisagem não é contemplada
É quando os dias são de silencio e solidão
Que assisto ao filme que se repete a cada dia
E mesmo cansado, nunca me canso das sessões
De tempos em tempos as cenas mudam
O verde, o cinza e os tons de azul
Dão lugar a um cenário multicor
Das cidades que parecem serem fantasmas
Habitadas por zumbis sadios
Mudos e aparentemente sem alma
As sensações não ultrapassam o vidro das janelas
A iluminação do majestoso cenário
Vai progressivamente mudando suas cores
Dos empolgantes tons de laranja
A uma melancólica variação de cinza e violeta
É quando a noite cai
E na noite a paisagem muda
Mas isso, na volta eu conto.
Que lá fora parece me vigiar
Ao mesmo tempo em que dorme
Num verde de aparência humilde
Solenemente imóvel
Aos pés de um cinza e azul
Das serras e montes soberbos
Que avançam imponentes aos céus
Emoldurando a mutável aquarela
De nuvens faceiras e sutis
Que tomam de seqüestro meu olhar
E se fazem plano de fundo
Das quimeras que em mim habitam
As entranhas da vegetação que ladeiam meu passar
Se mostram misteriosas e melancólicas
Às vezes com grandes feridas abertas
Onde árvores tristes, tímidas e magras
Lentamente tentam se reerguer
Atrás do vidro das janelas
A melodia fúnebre do motor
Me acompanha na longa jornada
Mais ainda quando são dias solitários
Mas quando a aglomeração me distrai
Nesses dias tudo é esquecido
O som não é ouvido e a paisagem não é contemplada
É quando os dias são de silencio e solidão
Que assisto ao filme que se repete a cada dia
E mesmo cansado, nunca me canso das sessões
De tempos em tempos as cenas mudam
O verde, o cinza e os tons de azul
Dão lugar a um cenário multicor
Das cidades que parecem serem fantasmas
Habitadas por zumbis sadios
Mudos e aparentemente sem alma
As sensações não ultrapassam o vidro das janelas
A iluminação do majestoso cenário
Vai progressivamente mudando suas cores
Dos empolgantes tons de laranja
A uma melancólica variação de cinza e violeta
É quando a noite cai
E na noite a paisagem muda
Mas isso, na volta eu conto.
Poema de Lucas Samuel (aluno do curso de Ciências Sociais da UVA que se desloca cotidianamente de Camocim para Sobral para frequentar a universidade)
Gostei do poema! Parabens!
ResponderExcluirTransporte Universitário